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CONFERÊNCIA

Conferência de abertura, com

Donizete Rodrigues. Doutor em Antropologia social pela Universidade de Co- imbra (Portugal). É professor associado com agregação (Livre-Docência) da Uni- versidade da Beira Interior e investigador sênior do Centro em Rede de Investi-gação em Antropologia (CRIA-UNL). Colabora, atualmente, com a Universidade do Estado do Pará, como professor visitante no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião.

O pentecostalismo dialogando com a Pós-Modernidade: um processo de bricolagem religiosa

Resumo: O antropólogo Clifford Geertz (1978) chama-nos à atenção que, neste mundo globalizado, a mobilidade/disseminação e adaptação de símbolos, senti-dos e identidades, não ocorre de maneira uniforme nas sociedades. Neste mun-do "reencantado" - e parafraseando Lévi-Strauss - a pós-modernidade cria no- vas e diversificadas "bricolagens religiosas", contexto onde a complexa "brico-lagem pentecostal" assume um papel de relevo. O Pentecostalismo é um fenô- meno de reavivamento que, a partir dos Estados Unidos, rapidamente se ex-pandiu para diferentes regiões do globo. A partir da sua entrada justamente pela região da Amazônia (Belém do Pará), surgiram no Brasil milhares de novas igrejas protestantes-evangélicas. Sendo uma religion on the move, ou seja, com forte mobilidade geográfica - de fiéis, igrejas e missionários - o pentecostalismo é hoje um dos maiores e mais dinâmicos fenômenos religiosos. O resultado dis-so é que o Brasil é o país com a maior concentração de pentecostais e um dos maiores "exportadores" mundiais de movimentos e missionários, que estão a desenvolver um intenso trabalho de evangelização no contexto diaspórico. A partir de uma (necessária) reflexão revisionista histórica do protestantismo - e inspirados teoricamente pela proposta construtivista de Berger e Luckmann - os cientistas sociais, nas suas construções sociais da realidade religiosa, devem estar atentos às inúmeras e variadas expressões do (neo)pentecostalismo. É esta a proposta desta conferência: abordar, sociologicamente, alguns aspectos de um movimento religioso-espiritual que marcou profundamente a história do Cristianismo, mas, também, de outros sistemas simbólico-religiosos.

Conferência de encerramento, com

Leila Marrach Basto de Albuquerque. Doutora em Ciências Sociais: Sociolo- gia e Política. Professora aposentada do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual Paulista (UNESP - Rio Claro) e pesquisadora voluntária do Centro de Documentação e Memória (CEDEM) da UNESP - São Paulo. Pesquisa- dora do Grupo de Pesquisa “Núcleo de Estudos Religião e Sociedade” da PUC- SP.
 

O corpo e as religiões

Resumo: A partir da sugestão de Marcel Mauss de que existiriam “meios bioló- gicos de entrar em comunicação com Deus”, pretendo apresentar alguns cami- nhos através dos quais as experiências com o sagrado se inscrevem nos cor- pos. Como grandes produtoras de corporeidades, as instituições religiosas pres- crevem tabus, proibições, interditos, normas e legitimações coletivas dos usos do corpo que articulam o natural e o cultural e conferem identidade religiosa aos seus seguidores. 

Palavras-chave: Religião, corpo, sagrado, gestos, sentidos.

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