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GRUPOS DE TRABALHO

1. O processo de constituição da identidade étnico-religiosa na Amazônia: fronteira entre religiões indígenas, afro-brasileira e católica

Coordenadores: José Maria Guimarães R. Costa (UFPA), Renilda Aparecida Cos- ta (UFAM). Comentadora: Rosimay Corrêa (IFAM)

Resumo: A Amazônia é um espaço onde diferentes etnias e nacionalidades convivem, constituindo fronteiras não só territoriais, mas também fronteiras étnicas com interações e tensões sociais. Realidade esta que revela um com- plexo emaranhado de relações culturais, políticas e econômicas permeado por marcadores de gênero, raça/etnia, classe social e religião. Neste sentido, este Grupo de Trabalho tem o intuito de compreender como os processos de iden- tidades étnico-religiosas na Amazônia se deram na fronteira entre religiões in- dígenas, afrobrasileira, espíritas e a católica. Neste sentido, faz-se necessário dialogar sobre o contexto sociohistórico e cultural em que as diversas religiões construíram-se na Amazônia, não se limitando a reproduzir o passado, pois se desconstruíram e reconstruíram na interação com os diferentes grupos socio- culturais. A partir desta perspectiva há na Amazônia uma dinâmica do ir e vir e do subir e descer das águas dos rios que marcam profundamente a vida dos povos que a habitam, constituindo assim, seus ritmos de viver, conviver e vi- venciar o sagrado.

Palavras-chave: Amazônia, identidades, religiões.

E-mail: renildaaparecidacosta@gmail.com

2. Religiões da natureza, oralidade e saberes culturais

Coordenadores: Maria Roseli S. Santos (UEPA) e Carlos Jonatas Filhos (UEPA). Comentador: a definir

Resumo: Este Grupo de Trabalho propõe suscitar o debate em torno de pes- quisa que discorrem sobre o fenômeno religioso e/ou experiências religiosas e congrega pesquisadores que se debruçam em estudos a partir de diversas óticas, tais como: a perspectiva teológica do fenômeno religioso; ritual, simbo- lismo e cosmologias; Wicca e outras religiões de sacralidade da terra. A propos- ta em questão evidencia o enfoque interdisciplinar próprio dos estudos e mé- todos das ciências da religião, sendo que a indicação do tema apresentado tem sido recorrente em eventos nacionais com fluxos cada vez maiores de partici- pantes.

Palavras-chave: Religiões, oralidade, saberes.

E-mail: mroselisousa@uepa.br

3. Religião e ciência: tensão, diálogo e sincretismos

Coordenadores: Leila Marrach Basto de Albuquerque (UNESP) e Frederik Mo- reira dos Santos (UFRB). Comentador: Deivide Garcia da S. Oliveira (UFRB)

Resumo: As Ciências e as Religiões são dois grandes sistemas de organização do pensamento no ocidente moderno responsáveis por conferir sentido às ex- periências humanas, em disputa pela hegemonia das definições de verdade desde o Renascimento. Ao longo da história, o jogo de forças entre ambas e suas relações com a cultura e a sociedade apresentaram diferentes configura- ções que se expressam por meio de racionalidades e valores próprios ou com- partilhados. Atualmente, um inesperado reencantamento religioso traz desafi- os à clássica divisão de campos e a busca de compatibilidade entre estes dois sistemas de pensamento tem se proliferado trazendo novas significações da- quilo que é considerado sagrado e daquilo que é considerado secular, que se expressam na esfera da saúde, da ética, do ambientalismo, dos movimentos sociais, da filosofia, da epistemologia, etc. Por isso, os estudos que envolvem as relações entre as ciências e as religiosidades demandam naturalmente uma perspectiva interdisciplinar para dar conta da sua complexa dinâmica cultural (seja do ponto de vista axiológico, histórico ou social). Espera-se debater esse rico processo acolhendo estudos teóricos e/ou empíricos dos mais variados recortes históricos e epistemológicos e em seus diferentes contextos. 

Palavras-chave: Religião, ciência, epistemologias, espiritualidades, racionalida- des.

E-mail: leilamarrach@uol.com.br

4. Pentecostalismos nas periferias – identidade negra e violências

Coordenadores: Lucas Braga Medrado da Silva (UMESP) e José Honório das Flo- res Filho (UMESP). Comentador: a definir

Resumo: É perceptível o crescimento do pentecostalismo em contextos faveli- zados, em que o negro é maioria. Nesta conjuntura, à medida que se expan- dem as igrejas pentecostais, estes negros são absorvidos pelo fenômeno pen- tecostal em territórios que antes eram de domínio das religiões afroindígenas brasileiras. Neste interim, se forma uma cultura evangélica com forte teor cul- tural do negro brasileiro com manifestações religiosas populares de um pente- costalismo plural, em um palco de segregação e vulnerabilidade social. A esta problemática se junta o discurso religioso do resgate dos indivíduos do mundo das drogas, do álcool e do crime, por exemplo, por grupos pentecostais atuan- tes nas favelas, contrabalançado pela atuação de traficantes convertidos ao pentecostalismo e que vivem um paradoxo entre dois mundos: “crime e crença religiosa”. Nesta mesma proporção, na esfera das violências urbanas, as intole-râncias são perpetradas contra outros grupos religiosos. As religiosidades pen- tecostais e o seu aumento nas periferias das regiões metropolitanas das pe- quenas, médias e grandes cidades brasileiras carecem ainda de estudos inter- disciplinares que dialoguem com as categorias sociorreligiosas e culturais do fenômeno urbano periférico. O presente GT pretende recrutar pesquisas con- cluídas e em andamento das diversas áreas do conhecimento, para endossar um frutífero debate acerca das múltiplas faces das religiosidades pentecostais nos contextos sociais de periferia urbana.

Palavras-chave: Pentecostalismo, favela, periferia, crime, negro.

E-mail: letrasestacio@gmail.com

5. Catolicismos Amazônicos: desafios históricos e novas modalidades de inserção social

Coordenadores: Marcos Vinícius Freitas Reis (UNIFAP) e Elaine Cristina O. F. Archanjo (UFAM). Comentador: Diego Omar (UEA)

Resumo: Embora venha perdendo fôlego, como no restante do Brasil, o catoli- cismo ainda é a religião da maioria na Região Norte, com adesão de 60% da população, o que corresponde a aproximadamente 10 milhões de fiéis. As figu- rações da Igreja, sua presença pública e a credibilidade diante do Estado vêm, no entanto, se transformando nas últimas décadas e a realidade social do cato- licismo, bem como as experiências religiosas de indivíduos e comunidades, não têm sido nem de longe captados em toda a sua riqueza pelos estudos acadê- micos sobre o tema. Este Grupo de Trabalho propõe-se como espaço de deba- te interdisciplinar sobre os catolicismos amazônicos, tendo em vista a ampla diversidade de formas de ser católico nesse território tão heterogêneo. Acolhe- mos pesquisas com diferentes recortes espaço-temporais – capitais e interio- res, várzeas e terras firmes, aldeias e cidades, festas e devoções pias, clérigos e laicato, passados e presentes – e teórico-metodológicos, bem como buscamos apontar para a riqueza das fontes (oficiais e não-oficiais) disponíveis para a construção e outras/novas histórias da Igreja na Amazônia.

Palavras-chave: Igreja Católica, Amazônia, diversidade.

E-mail: marcosvinicius5@yahoo.com.br

6. Religião, mídias e práticas assistenciais

Coordenadores: Giulliano Placeres (UFSCAR) e Breno Minelli Batista (UFSCAR). Comentador: Helder Mourão (UFAM)

Resumo: As diversas formas de manifestações religiosas historicamente repre-sentam um vasto conjunto de relações sociais envolvendo indivíduos de todos os extratos sociais em diferentes territórios. No Brasil, a religião se apresenta como um fenômeno de significativa presença. O ato de comunicar, dentre suas variadas formas, sempre foi um fator de preservação e sustentação das religiões perante a esfera do social. A partir do avanço dos meios de comuni-cação, muitas igrejas não se limitaram somente às suas instalações físicas e sua a mensagem religiosa foi propagada a milhões de pessoas por meio de rá- dio, televisão e igualmente via internet. Em outra direção, o trabalho assisten- cial de caráter religioso apresenta-se também como um campo social bastante heterogêneo, envolvendo participação substancial de entidades ligadas ao ter- ceiro setor, intercalando trabalho voluntário e atividade profissional, reunindo projetos sociais. Este Grupo de Trabalho objetiva reunir pesquisas no âmbito da comunicação social em religião interligada as mídias, bem como das várias prá- ticas de assistência social de orientação religiosa.

Palavras-chave: Religião, mídias religiosas, comunicação social, práticas assis-tenciais, terceiro setor.

E-mail: giulliano14@hotmail.com

7. Religião e Gênero em espaços plurais

Coordenadoras: Ana Luíza Gouvêa Neto (UFJF) e Andiara Barbosa Neder (UFJF). Comentadora: Ana Beatriz de Vilhena Pereira (UFJF)

Resumo: Atualmente as relações interpessoais se delineiam e se articulam nos mais diversos ambientes sociais e virtuais. Tais contextos, que se apresentam em trânsito perene, trazem intrinsecamente questões relativas a gênero e reli- gião. Questões essas que se definem histórica e socialmente em ambiente cul- turais, onde absorvem e tramitam entre tais influências presentes no meio. Destarte, discutir as relações de poder que se constroem no interior do espaço religioso e levantar questionamentos acerca de como essas relações refletem movimentos na área de gênero, se mostra de suma importância. Principalmen- te se observarmos os contextos nos quais os indivíduos envolvidos nessas re- lações de poder se articulam. A religião, como sistema de sentido, influencia na maneira dos sujeitos se reconhecerem na sociedade, construindo identidades e contextos hierárquicos sexuais. Este Grupo de Trabalho objetiva suscitar discussões em torno das relações entre gênero e religião, considerando os es- paços diversos onde tramitam e se articulam, tangenciando ademais seus pos- síveis desdobramentos socioculturais.

Palavras-chave: Gênero, religião, relações de poder.

E-mail: analu172@hotmail.com

8. Religião e Educação na Região Norte

Coordenadora: Profa. Clarice Bianchezzi (UEA) e Diego Omar (UEA). Comenta- dor: Francisco Palheta (SEDUC-AM)

Resumo: A presença religiosa é um traço marcante na educação brasileira, des - de as missões até a hegemonia da escola católica ao longo do século XIX e XX. Na Amazônia, merecem destaque a presença histórica de Ordens e Congrega- ções religiosas, associadas às vezes aos projetos estatais, e a entrada de obras assistenciais evangélicas, várias delas voltadas também para o campo educa- cional. Mais contemporaneamente, também são importantes os debates sobre laicidade e justiça religiosa, tendo em vista que as igrejas continuam gozando de inúmeros benefícios do Estado e que mantêm uma presença marcante no espaço público. Esse Grupo de Trabalho visa reunir estudos sobre as muitas in- terfaces entre religião e educação, em torno de temas como Ensino Religioso, educação confessional, missão e catequese, presença de agentes religiosos em ambientes formais e não-formais de ensino, pastorais educacionais, diversi- dade religiosa e formação de lideranças e projetos educacionais das institui- ções religiosas.

Palavras-chave: Religião, educação, escolas.

E-mail: diegomarhistoria@yahoo.com.br

9. Novas identidades e reconfigurações no campo religioso amazônico e brasileiro

Coordenadores: Gilse Elisa Rodrigues (PUC-RS) e David Adan Teixeira Saénz (UFAM). Comentador: Widney Lima Pereira (UFRGS)

Resumo: No estudo dos processos históricos de formação e institucionalização das religiões não podemos desconsiderar as relações sociais e micropoderes que, na vida cotidiana, provocam variações nas crenças e práticas religiosas, pois estes permitem aos indivíduos e grupos apropriações e inovações, que em última instância, promovem reconfigurações não apenas no campo religioso, mas nos próprios empreendimentos religiosos institucionalmente reconheci- dos e estabelecidos. Propomos um debate acerca das novas identidades religi- osas que, a despeito dos macropoderes oficiais, permitem a continuidade do processo de individualização e destradicionalização das crenças, e que em de- corrência dos processos de modernização promovem novas formas de inser- ção religiosa. Serão bem-vindos no Grupo de Trabalho, estudos sobre o surgi- mento de novas religiosidades e “novas formas de crer”, bem como, sobre transformações/reconfigurações e desmembramentos/rupturas dentro das re- ligiões já reconhecidas em decorrência das novas identidades (seja pelo viés de gênero, étnico-racial ou outros) no campo religioso amazônico em particular e do Brasil como um todo.

Palavras-chave: Religiosidades, micropoderes, reconfigurações, Amazônia, Bra- sil.

E-mail: gilseufamelisa@gmail.com

10. Religiões e religiosidades na Amazônia caribenha: encontros culturais e ressignificações identitárias

Coordenadores: Jakson Hansen Marques (Centro Universitário Estácio da Ama- zônia) e Alfredo Ferreira Souza (UFRR). Comentador: Damião Marques de Lima (Centro Universitário Estácio da Amazônia)

Resumo: O presente Grupo de Trabalho traz em seu bojo um aspecto ainda pouco estudado na região da Amazônia Caribenha, que é a diversidade das manifestações religiosas, nos diferentes territórios, lugares, fronteiras que compõem essa região da Amazônia. Uma região que compreende uma tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, e que carrega manifestações, res- significações, das mais variadas matizes religiosas. Roraima, parte da Amazônia que se situa nesta tríplice fronteira, apresenta-se como uma área grandemente fértil para o estudo dessas manifestações religiosas que inclui, por exemplo, o islamismo – fronteira com a Venezuela; o hinduísmo e as religiões orientais – fronteira com a Guiana; as pluralidades religiosas – entre os povos indígenas, as várias manifestações do cristianismo, do afrobrasileirismo, do orientalismo – centros urbanos; apenas para citar algumas. Estudos já realizados nestas á- reas por meio de programas de mestrado e doutorado dão conta desta situa- ção, embora ainda sejam tímidos no aspecto quantitativos. E por esta timidez quantitativa, crê-se na necessidade de se ampliar a discussão e aprofundar a pesquisa nesta área tão discutida no cenário acadêmico brasileiro.

Palavras-chave: Religiões, Amazônia Caribenha, Identidades.

E-mail: jakson_marques@hotmail.com

11. História da Igreja na Amazônia: ações episcopais, associações e movi-mentos sociais

Coordenadores: Mônica Xavier de Medeiros (UEA) e Elisângela Maciel Soares (UNINORTE). Comentador: Arcângelo da Silva Ferreira (UEA)

Resumo: Na longa duração da trajetória da Igreja católica na Amazônia, o Cris-tianismo inscreveu suas sementes em meio a transformações e contradições. Nesse processo, querelas internas e externas desencadearam direcionamentos dignos de problematizações. Alguns acontecimentos podem ser elucidados: o catolicismo oficial se implantou, mas a peculiaridade do Sistema de Padroado limitou as ações sacerdotais. Nessa medida, a postura dos denominados “Bis-pos reformadores”, é chave de leitura para se buscar a compreensão da expan- são histórica da romanização na Amazônia. E, por extensão, o papel significati-vo do catolicismo popular, essencial para compreender a ressignificação de práticas e representações religiosas. Noutro contexto, as aproximações do cato-licismo pelas minorias, através de sua “opção pelos pobres”, fruto das experi-ências de religiosos da América Latina, com diversas realidades, expressa nas conferências episcopais da América Latina: o CELAM. Diante de tais questões, propomos neste Grupo de Trabalho estabelecer condições de possibilidade pa-ra o diálogo entre pesquisadores que se interessam por temáticas de religião e religiosidade relacionadas à história da Igreja na Amazônia, com ênfase nas ações episcopais, nas associações religiosas e nos movimentos sociais, estes in-fluenciados pela Teologia da Libertação.

Palavras-chave: Romanização, Ações Episcopais, Associações Religiosas, Teo-logia da Libertação, Amazônia.

E-mail: monicaxavierm@yahoo.com.br

12. Comunicações livres

Coordenador: Arcângelo da Silva Ferreira (UEA). Comentadora: Mônica Xavier de Medeiros (UEA)

Resumo: Este Grupo de Trabalho destina-se aos estudantes de História, das Ci- ências Humanas e da área de Educação do CESP/UEA e demais instituições de ensino e pesquisa de Parintins, em especial para aqueles que desenvolvem pes- quisas de Iniciação Científica e de conclusão de curso de graduação. Destina-se, portanto, à valorização dos estudos desenvolvidos na Amazônia e sobre a Ama- zônia, em interface com as questões sociais e políticas que desafiam à reflexão neste local, histórica e contemporaneamente.

Palavras-chave: História, Amazônia, Parintins.

E-mail: asf1969@outlook.com

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